domingo, 29 de abril de 2018

Mulher com câncer se casa em hospital de SP após 23 anos de espera

Promotora de vendas em Santos (SP), Cristiane sonhava há duas décadas com o dia do casamento. Estado dela é grave e inspira muitos cuidados.

*Do G1 Santos
Marcelo e Cristiane se casaram dentro do hospital Ana Costa, em Santos (Foto: Arquivo Pessoal)
Há 23 anos, a promotora de vendas Cristiane Moraes, de 41 anos, aguardava o dia em que viveria o sonho de casar-se com o companheiro Marcelo Pasini. Eles tinham muitos planos para esse dia especial, mas algo sempre acontecia e o casamento ficava em segundo plano. Ao ser diagnosticada com câncer no pulmão, Cristiane foi internada. Mesmo assim, seu único desejo era selar a união com o amado. Em menos de uma semana, formou-se uma corrente do bem e o pedido de Cristiane foi atendido. De vestido de noiva, ela se casou, nesta semana, dentro do Hospital Ana Costa, em Santos (SP).

No início do mês de março, Cristiane recebeu o diagnóstico de câncer de pulmão após fazer alguns exames de rotina. “Na quarta-feira passada, no dia 18, eu cheguei em casa e ela estava mal. Trouxemos ela para o hospital e ela acabou sendo internada”, conta Pasini.

Após a notícia da doença, a família se mobilizou para estar sempre presente no hospital, já que o quadro de saúde dela exige muitos cuidados. Durante uma das visitas, a cunhada dela, Andreia Pasini, conheceu o programa ‘Escritório do Paciente’, que tenta realizar os desejos dos internados. Ela contou a uma das enfermeiras o grande desejo de Cristiane, que foi confirmado pela equipe do projeto.

“Essas pessoas são os agentes de hospitalidade. Eles são treinados e fazem visitas para entrevistar os pacientes. Nesse momento, aplicam um questionário e uma das perguntas é o que importa para você hoje. Fomos surpreendidos por esse pedido dela. O sonho dela era se casar, era isso que importaria para ela hoje”, explica Ronald Maia Filho, gerente médico do hospital Ana Costa. 

Cristiane entrou na cerimonia vestida de noiva (Foto: Arquivo Pessoal)
Os funcionários do hospital, a família e os amigos iniciaram uma espécie de corrente do bem na última segunda-feira (23). Em cinco dias, cada um ajudou como conseguiu. Um dos médicos doou o bolo, uma amiga deu os bem-casados. O hospital preparou os salgadinhos e os doces. A prima de Marcelo deu de presente o vestido para a noiva. O pastor Alexandre Melatto, além de aceitar realizar a cerimônia, trouxe os músicos para marcar o dia com belas canções.

Com tudo encaminhado, a última sexta-feira (27) foi o dia escolhido para celebrar a data. Após passar pela avaliação médica, a noiva começou a se preparar para a cerimônia. Ela foi maquiada e fez penteado. O vestido branco simbolizava que aquele seria o dia do casamento, tão aguardado. Ela imaginava que seria uma simples cerimônia dentro do quarto. Mas, teve uma grata surpresa.

O tapete vermelho foi preparado e cobriu o chão do Espaço Gourmet do hospital, no 10º andar. Ao chegar no salão, ela avistou o noivo vestido com traje de gala no altar. Entre os convidados, os três filhos. Leonardo, de 23 anos, Letícia, de 19, e Gustavo, de 13. A família, os amigos e todos os funcionários do hospital estavam presentes naquele momento.

A noiva seguiu o roteiro que manda a tradição e entrou no salão ao som da marcha nupcial. Com o buquê nas mãos, ela atravessou o tapete vermelho na cadeira de rodas, sempre ajudada pelo filho Leonardo. Marcelo abriu um sorriso ao ver a amada. Ao chegar no altar, beijou a mulher de sua vida. Em seguida, o pastor iniciou a cerimônia que ainda seria de muitas emoções.

Melatto falou sobre a vida do casal. Os filhos preparam uma carta especial para os pais, em declaração ao amor que sentem por eles. Depois, ocorreu um dos momentos mais esperados. O caçula Gustavo levou as alianças. Para selar ainda mais a união, o beijo final do casal e a música final da cerimônia, ‘Para sempre vou te amar’, na versão em inglês.

“Passou um filme na cabeça por tudo que passamos juntos, o que conquistamos, as dificuldades. Foi uma mistura de emoções. Eu não queria que fosse dessa maneira, mas como aconteceu isso, eu estou feliz demais por ver a felicidade dela. É uma mistura de sentimentos. Ela ficou muito emocionada, muito feliz”, relembra Marcelo.

“Ao mesmo tempo que estamos felizes, estamos triste pela situação dela. Foi uma mistura de sentimentos. Para mim, o que me define esse momento é gratidão, o cuidado desse hospital com ela, todos muito amorosos. Todo mundo está tocado com a situação dela”, diz a cunhada Andreia. 

Mesa do bolo, no casamento de Cristiane e Marcelo, dentro do hospital (Foto: Arquivo Pessoal)
Marcelo e Andreia dizem que não tem palavras para agradecer todo o carinho dos funcionários, médicos e diretores do hospital, que tornaram possível esse momento. Segundo eles, muitos nem conheciam Cristiane e se disponibilizaram a ajudá-la a realizar esse sonho.

“Foi uma experiência transformadora. Na Medicina, nem sempre a gente consegue curar, mas cuidar dos outros é sempre. Ficamos honrados por ela ter compartilhado esse sonho com a gente. O hospital tem 54 anos e foi a primeira vez que ocorreu um casamento aqui”, conta Maia.

Cristiane permanece internada e com dificuldades de falar, por isso, não pôde conversar com a equipe do G1. Segundo Maia, o estado de saúde dela é delicado e inspira cuidados. Os médicos avaliam os exames para definir qual será o melhor tratamento para ela. 

Família reunida no casamento de Cristiane e Marcelo (Foto: Arquivo Pessoal)
Marcelo conta que a esposa ficou muito emocionada e feliz após viver um momento tão mágico. Para os médicos, a cerimônia contribuiu para o tratamento, já que dá forças para a paciente continuar enfrentando e lutando contra a doença. “A situação é grave, a família inteira está ciente. Estamos nos apegando a Deus. Se Deus quiser, ela vai sair aqui”, finaliza Marcelo.

sexta-feira, 27 de abril de 2018

PESQUISA: Zika pode tratar câncer cerebral, sugere estudo

Em testes com camundongos, cientistas da USP conseguiram eliminar tumores no sistema nervoso central em estágio avançado. Pesquisa utilizou dois tipos de câncer comuns em crianças. Próximo passo é testar em humanos.O vírus zika, cuja epidemia figurou como emergência sanitária de alcance global até pouco tempo atrás, pode ser eficaz contra o câncer. É o que revelou um estudo brasileiro publicado nesta quinta-feira (26/04) na revista científica Cancer Research, renomada na área oncológica.
Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) testaram pela primeira vez em animais a eficácia do vírus no tratamento de tumores cerebrais agressivos que atingem principalmente crianças.
As cobaias, camundongos de baixa imunidade, receberam células humanas com estágio avançado de tumores. Após injetar pequenas quantidades do zika no encéfalo desses animais, os pesquisadores observaram uma redução significativa da massa tumoral e o aumento da sobrevida dos bichos.
Em 20 de 29 animais tratados com o zika, os tumores regrediram. Em sete deles, o tumor foi eliminado totalmente. Em alguns casos, o vírus também foi efetivo contra metástases (quando o câncer se espalha para o resto do organismo) – ou eliminou o tumor secundário, ou impediu seu desenvolvimento.
A pesquisa utilizou principalmente linhagens celulares humanas derivadas de dois tipos de câncer que afetam o sistema nervoso central: o meduloblastoma e o tumor teratóide rabdóide atípico, conhecido pela sigla AT/RT. Ambos atingem crianças de até cinco anos.
Em 2016, a Organização Mundial de Saúde (OMS), assim como o Ministério da Saúde brasileiro, declarou a epidemia de zika uma emergência sanitária, após um aumento extraordinário de casos de microcefalia em recém-nascidos relacionados com a infecção pelo vírus.

Ao descobrirem que as mesmas células que o zika costuma atacar em fetos – causando a má-formação cerebral – estão presentes também em alguns tumores, os cientistas passaram a testar a eficácia do vírus em terapias de cânceres cerebrais.
"Nossos estudos e de outros grupos mostraram que o vírus zika causa microcefalia porque infecta e destrói as células-tronco neurais do feto, impedindo que novos neurônios sejam formados. Foi então que tivemos a ideia de investigar se o vírus também atacaria as células-tronco tumorais do sistema nervoso central", explica Oswaldo Keith Okamoto, um dos principais autores do estudo.
A pesquisa concluiu que o zika possui "uma afinidade ainda maior pelas células tumorais do sistema nervoso central do que pelas células-tronco neurais sadias", que são os principais alvos do vírus em cérebros de fetos expostos durante a gestação. "E, ao infectar a célula tumoral, ele a destrói rapidamente", acrescenta Okamoto.
Segundo o cientista, os resultados sugerem que vários tipos de tumores agressivos do sistema nervoso central podem vir a ser tratados com algum tipo de abordagem envolvendo o zika, no futuro.
"Antes, porém, precisamos investigar melhor quais tipos de tumores respondem a esse efeito oncolítico [que destrói as células cancerosas], quais os benefícios do tratamento e quais os efeitos colaterais da exposição ao patógeno", afirma Okamoto.
Os cientistas esperam agora testar a terapia não só em animais, mas em pessoas. "Estamos muito animados com a possibilidade de testar o tratamento em pacientes humanos e já estamos conversando com oncologistas", diz Mayana Zatz, professora do Instituto de Biociências da USP.


*UOL
Em testes com camundongos, cientistas da USP conseguiram eliminar tumores no sistema nervoso central em estágio avançado. Pesquisa utilizou dois tipos de câncer comuns em crianças. Próximo passo é testar em humanos.O vírus zika, c... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/deutschewelle/2018/04/26/zika-pode-tratar-cancer-cerebral-sugere-estudo.htm?cmpid=copiaecola

Hospital promove Live no Facebook para o Dia Mundial do Câncer de Ovário

O Hospital Fundação do Câncer irá promover, no dia 8 de maio, Dia Mundial do Câncer de Ovário, uma transmissão ao vivo com especialistas, no Facebook da instituição. O objetivo da live é tirar dúvidas do público e alertar quanto à importância da prevenção e diagnóstico precoce da doença.
De forma interativa, os médicos responderão perguntas sobre câncer de ovário durante o bate papo, que acontecerá das 16h às 18h. A participação poderá ser presencial na unidade (Rua Arquias Cordeiro, 27 – Méier), com chegada até às 15h30, ou pela página da Fundação na rede social facebook.com/fundacaodocancer.
Nos intervalos, a make up artist Ju Rocha dará dicas de automaquiagem para mulheres com câncer. Haverá, ainda, a distribuição de itens de beleza para a plateia presente. Serão disponibilizados 60 lugares para o público.


*https://www.cancer.org.br

quinta-feira, 26 de abril de 2018

SAÚDE: Após câncer, mulheres têm dificuldade em reconstruir mama por falta de informação!

Lei que prevê reparação imediata junto com a mastectomia completa cinco anos, mas o número de procedimentos não sofre alteração
A aposentada Jeane Roberto Vieira Gomes, de 53 anos, estava prestes a realizar o sonho de fazer a reconstrução mamária. Era 2016 e já fazia dez anos desde a mastectomia, procedimento para retirada da mama por conta de um câncer. “Fiquei super contente, divulguei para a família, estava feliz”, conta. Ela se internou, dormiu no hospital, ficou em jejum. No dia marcado, já no centro cirúrgico, veio a notícia: não teria cirurgia, pois não havia material necessário. “Parece que o chão abriu e eu caí”, lembra.

O caso de Jeane não é o primeiro e provavelmente não será o último de mulheres que são diagnosticadas com câncer de mama, tratadas no Sistema Único de Saúde (SUS) e precisam fazer a reconstrução do seio. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), das 92,5 mil mulheres que retiraram a mama entre 2008 e 2015, 20% (18 mil) fizeram a reconstrução pelo SUS.

Na teoria, nas ocasiões em que a mulher não pode fazer o procedimento de imediato, ela deve ser encaminhada para acompanhamento e ter garantida a realização da cirurgia após alcançar as condições clínicas necessárias, segundo informou em nota o Ministério da Saúde. Porém, a realidade é outra.

*Estadão.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

GASPEC REALIZOU MAIS UMA REUNIÃO

Na noite de ontem, 24 de abril de 2018 mais uma reunião aconteceu na sede do GASPEC.
Para os participantes a reunião foi proveitosa e vários assuntos foram discutidos com os membros da família GASPEC. Atividades sempre acontecem, com o voluntariado. Esse é o trabalho da família GASPEC!

PESQUISA: SERRINHA DOS PINTOS ESTÁ ENTRE AS CIDADES DO RN ONDE O CÂNCER É A PRINCIPAL CAUSA DE MORTES

Câncer é a principal causa de mortes em onze cidades no RN, aponta pesquisa
O câncer tem sido a principal causa de mortes em 11 cidades, no Rio Grande do Norte. A informação é de uma pesquisa publicada pelo Observatório de Oncologia, que monitora dados sobre câncer no país, em parceria com o Conselho Federal de Medicina. O estado seria o segundo do Nordeste entre aqueles em que a doença é a principal causa de morte entre a população.
São José do Campestre, município localizado a 110 quilômetros de Natal, lidera o ranking no território estadual com mais mortes por câncer entre seus habitantes. Somente em 2015 foram 18 óbitos em virtude da doença.
Nos anos seguintes o câncer permaneceu mortal em São José de Campestre, mas reduziu quase pela metade nos anos seguintes: 

10 mortes em 2016; 
nove mortes em 2017; e 
três mortes até o momento, em 2018, apontou o estudo.
Mais de três mil mortes em 2015
No Rio Grande do Norte, 3.158 pessoas morreram em virtude de algum tipo de câncer em 2015. A maioria das vítimas tinha faixa etária de 70 a 79 anos: 746 delas, ou 23,6% do total. O estudo do Observatório de Oncologia também aponta que mais da metade dos potiguares que morreram naquele ano eram do sexo masculino: 1.627, o que representa 51,5% do total. O público feminino ficou com 48,5%, (em número absolutos: 1.531 vítimas).
Juntamente com São José do Campestre estão mais dez cidades, onde o câncer mata mais do que outras variáveis: Messias Targino, com nove mortes em 2015; 

Ouro Branco, Parazinho, Rafael Fernandes e Senador Elói de Souza, com sete mortes cada;
Pilões e Serrinha dos Pintos, com seis óbitos em cada; 
Pedra Grande, com cinco mortes; e 
Santana do Seridó e Taboleiro Grande, ambos com duas mortes por câncer cada.

*G1

segunda-feira, 23 de abril de 2018

COMUNICADO DO GASPEC!!!

Comunicamos aos voluntários e voluntárias que terça feira, dia 24 haverá reunião às 19h30min, onde serão discutidos assuntos pré agendados na reunião anterior. 
Será muito importante a participação de todos.
Participe! Junte-se a nós! Abrace essa causa!

São José de Campestre é cidade onde mais se morre por câncer, no RN

O câncer tem sido a principal causa de mortes em 11 cidades, no Rio Grande do Norte. A informação é de uma pesquisa publicada pelo Observatório de Oncologia, que monitora dados sobre câncer no país, em parceria com o Conselho Federal de Medicina. O estado seria o segundo do Nordeste entre aqueles em que a doença é a principal causa de morte entre a população.
São José do Campestre, município localizado a 110 quilômetros de Natal, lidera o ranking no território estadual com mais mortes por câncer entre seus habitantes. Somente em 2015 foram 18 óbitos em virtude da doença.
Nos anos seguintes o câncer permaneceu mortal em São José de Campestre, mas reduziu quase pela metade nos anos seguintes: 10 mortes em 2016; nove mortes em 2017; e três mortes até o momento, em 2018, apontou o estudo.
Uma das pessoas que sofreram e ainda sofrem com o câncer é a agente de saúde Maria das Dores de Souza, moradora exatamente do município interiorano do estado. Ela descobriu em 2015 que tinha câncer de mama, mas após vencer a luta contra a doença, novamente foi acometida, desta vez nos rins.

*G 1 (RN)/O Xerife.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Empresários não querem o fim do SUS, querem um SUS conveniente aos seus interesses

‘A ousadia de propor um Novo Sistema de Saúde’. Essa foi a convocatória para um evento promovido pela Febraplan, a Federação Brasileira de Planos de Saúde, que circulou intensamente por meio das redes sociais no início desta semana. E que causou um rebuliço entre as entidades do Movimento Sanitário Brasileiro. Não sem razão. Em meio a um cenário de desmonte das políticas sociais como um todo, e às políticas de saúde especificamente, a proposta de construção de um “Novo Sistema Nacional de Saúde”, ainda mais partindo de uma entidade representativa do setor empresarial, foi vista como um ataque direto ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Acontece que a proposta não é novidade. Quem diz isso é José Sestelo, vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Nessa entrevista, ele explica por que ficou surpreso com a reação suscitada pelo evento da Febraplan, entidade recém-fundada, cujas propostas não trazem nada de novo em relação à agenda que as entidades empresariais da saúde vêm defendendo e promovendo desde pelo menos 2013. Esse foi o ano de publicação do chamado ‘Livro Branco da Saúde’, encomendado pela Associação Nacional dos Hospitais Privados (ANAHP) a uma empresa de consultoria espanhola para propor mudanças no sistema de saúde brasileiro. Mudanças que, segundo ele, tenderiam a aproximar o sistema de saúde brasileiro ao dos Estados Unidos, onde o sistema público só atende aos muito pobres e aos idosos, e onde o gasto em saúde em relação ao PIB é o maior do mundo, chegando a 18%.

Nesta entrevista ao jornalista André Antunes da Escola Politécnica Joaquim Venâncio/Fiocruz, Sestelo defende que o Movimento Sanitário precisa se apropriar das propostas que têm sido defendidas pelos empresários da saúde, até para que consiga pautar sua ação política na defesa dos princípios que regem o SUS.

Gostaria que você falasse sobre a entidade que organizou o evento dessa semana, a Febraplan. A quem ela representa? Qual foi o objetivo dela com o evento?

A Febraplan é uma associação nova, fundada há pouco tempo. Se você entrar no site dela vai ver que ele tem muito pouco conteúdo atualmente, dá impressão que é um site fantasma. Seu presidente chama-se Pedro de Assis, que é o dono de uma empresa de planos de saúde de médio porte com sede em Joinville, em Santa Catarina, que é a Agemed. Essa empresa surgiu inicialmente aninhada da Tubos e Conexões Tigre, também de Joinville. A Agemed surgiu inicialmente como autogestão, ou seja, privativa para os funcionários da Tigre, e depois se tornou uma empresa que vende planos de saúde para a população em geral. A Agemed então iniciou um processo de expansão comercial das suas atividades e a nossa interpretação é que ela em algum momento encontrou dificuldades de expansão em função da concorrência com outras empresas, como por exemplo, a Hapvida, que tem sede no Ceará e está se expandindo muito. A Hapvida está prestes a fazer uma oferta pública de ações em Bolsa. É uma empresa que tem muita influência no governo, na Abramge [Associação Brasileira de Planos de Saúde], nas associações empresariais. Então, a Agemed e o Pedro de Assis partiram para uma estratégia de cavar o seu próprio espaço através da constituição dessa nova associação, que é inexpressiva. Ela não tem uma representatividade muito grande no meio empresarial, mas pretende ter. E esse evento do dia 10 na verdade é um exemplo dessa estratégia de marketing, de promoção, de expectativa ou perspectiva de crescimento da Agemed e da Febraplan, e que acabou tendo a meu ver uma repercussão muito maior do que deveria, dado o seu conteúdo e os seus participantes.

Quem foram os participantes?

Eu não assisti, não participei do evento, nem acompanhei depois. Mas o que eu vi foi o cartaz anunciando. O que tinha lá? O Alceni Guerra, que é ex-ministro da Saúde do governo Collor. Na minha opinião, um dos piores ministros da Saúde que o país já teve, mas uma figura conhecidíssima no meio empresarial e entre os gestores de saúde, em geral. Além dele, representantes da Fenasaúde e da Confederação Nacional de Saúde, que também são personagens, agentes políticos empresariais conhecidos, que se dispuseram a participar junto desse evento promovido pela Febraplan. Fora isso, o Norival [Silva], que é uma pessoa contratada da Febraplan, paga para isso. Então, falou o que as pessoas que o contrataram gostariam que fosse falado. Não há nenhuma novidade no conteúdo também.

O que seria essa pauta do Novo Sistema Nacional de Saúde?

Isso também não é novidade. O que me espanta é que entre nós, sanitaristas, gestores, pessoas que trabalham, pesquisam políticas de saúde, isso seja encarado como uma novidade . Não é. Essa pauta empresarial vem sendo veiculada publicamente há vários anos. Acho que um dos principais instrumentos de divulgação disso foi o chamado ‘Livro Branco da Saúde’, que foi publicado na época das eleições majoritárias, em 2013. Esse material foi elaborado por uma empresa de consultoria chamada Antares Consulting, sediada na Espanha, que foi contratada pela ANAHP, que é a Associação Nacional de Hospitais Privados. Na verdade a expertise dessa empresa é consultoria de gestão de hospitais e pequenos sistemas de saúde. Entretanto, ela se arvorou a fazer uma prescrição, uma proposta, para um sistema de saúde de um país como o Brasil, de 200 milhões de habitantes. Algo completamente fora da capacidade cognitiva de uma empresa como essa. Mas foi um trabalho encomendado pela ANAHP. A empresa recebeu e fez esse trabalho, que foi apresentado como se fosse algo com conteúdo acadêmico. Há um livro que seriam as bases teóricas e outro como um caderno conceitual. Na minha opinião, um trabalho sem nenhuma substância. Mas isso foi veiculado, distribuído entre os diversos candidatos, não só a Dilma ou os candidatos à presidência, mas também candidatos a governador e outros cargos majoritários. Então, esse conteúdo já estava ali, e depois continuou sendo desdobrado. Teve a Coalizão Saúde, o Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde, com variações sobre o mesmo tema. Existe uma estratégia retórica de se utilizar esse termo – Sistema Nacional de Saúde – não diria que em oposição ao SUS, mas quase como uma ressignificação para o que a gente chama de SUS. Porque os empresários não querem a extinção do SUS, eles querem o SUS que seja conveniente aos seus interesses, como de fato tem sido. Mas eles querem ainda mais.

Por exemplo?

Essencialmente é tornar o SUS um grande resseguro, ou seja, tudo aquilo que não for comercialmente interessante para os empresários teria algum tipo de cobertura financiada pelo orçamento público. Os casos típicos são as condições crônicas, terapia renal substitutiva, transtornos de comportamento, enfim, condições em que o usuário recorre ao sistema de maneira frequente, em que ele não vai se curar, vai viver com aquilo. Essa é a visão. Aí tem outros aspectos que se relacionam, por exemplo, com a gestão de sistemas. Hoje em dia os esquemas financeiros de empresas ditas não lucrativas têm se expandido na área de gestão, tanto de microgestão, de unidades assistenciais, como de redes municipais inteiras. Em Uberlândia agora está acontecendo isso. E em outras cidades. São empresas que em tese são não lucrativas, mas esses mecanismos entram por contratos e depois têm o seus termos aditivos que vão acrescentando elementos em cima daquilo que foi contratado inicialmente e isso se torna uma bola de neve praticamente sem controle.

Recebemos um relato de uma pessoa que participou do evento que falou que a apresentação se resumiu a queixas das entidades representantes do setor sobre o “papel regulador estatizante” da ANS e a defesa do fortalecimento do Conselho Nacional de Saúde Suplementar (CONSU). Alceni Guerra propôs como meta para o ano de 2038 uma cobertura de 50% da população por planos privados que, segundo ele, reduziria o preço dos planos e faria com que boa parte da população que utiliza o SUS migrasse para eles. Assim, sobrariam mais recursos para os usuários do SUS.

Alguma novidade nessa pauta, na sua visão?

Essa pauta está colocada já há bastante tempo. Obviamente que agora as condições conjunturais, políticas, institucionais, são favoráveis à pauta empresarial, mas não que ela seja uma novidade. Espanta que o pessoal esteja tão assustado com isso. Isso vem transcorrendo já há bastante tempo. Agora, existe um argumento que você mencionou aí, que eu acho que merece ser analisado com mais detalhes. E esse argumento é uma panaceia que é apresentada pelos empresários há muitos anos e também em parte foi incorporado pelos que defendem o sistema público, que é de dizer que quanto mais pessoas têm planos de saúde melhor para o SUS, porque alivia as contas do SUS. E nós consideramos que esse é um argumento falacioso. Inclusive historicamente sabemos que ele foi construído no seio da Abramge, na década de 1970, quando a Abramge ainda era algo como a Febraplan é hoje, uma associação que lutava para se legitimar, para ser reconhecida, para ter espaço institucional. Então esse foi um dos primeiros argumentos construídos para convencer as autoridades da época de que era vantajoso do ponto de vista orçamentário abrir espaço para essas práticas de intermediação comercial da assistência, porque isso iria aliviar o orçamento público. Ora, o que acontece de fato? É um raciocínio óbvio. A intermediação em geral representa um aumento do custo de transação do sistema. Você introduz uma transação comercial, ou várias, a mais, no custo geral. Seguindo esse ritmo, com você aumentando a quantidade de transações, aumentando os níveis de intermediação, o que vai ocorrer? Algo semelhante ao que acontece atualmente nos Estados Unidos, onde o gasto em saúde como porcentagem do PIB foge à média mundial: eles estão com 18%, e tendendo a 20% do PIB de gastos em saúde, quando a média mundial gira em torno de 10%. Sem que com isso eles tenham uma condição sanitária superior. Ou seja, países de mesmo nível de renda, com gasto proporcional menor, têm condição sanitária superior a dos Estados Unidos. Então, qual é o risco que nós corremos aqui se formos nessa balada? Nós vamos ter no Brasil um aumento do gasto proporcional em saúde em relação ao PIB, ou seja, vamos aumentar essa despesa, o sistema vai ficar mais caro, e vai ficar mais excludente, mais regressivo, vai excluir as pessoas que não podem pagar e concentrar os serviços naqueles que podem pagar, tornando-se mais injusto ainda do que é. Essa é a visão que eu tenho em termos estruturais. E as pessoas estão falando isso como se fosse algo óbvio. Não é isso. Quanto mais pessoas têm planos de saúde, pior para quem não tem, inclusive porque quem tem é beneficiado com renúncia fiscal. Mas não só por isso, e também porque aumenta os custos gerais de transação do sistema, e resulta no final que o sistema fica mais caro sem ser mais efetivo.

Quais os principais atores políticos de promoção dessa agenda empresarial hoje?

O que eu percebo é que há cada vez mais – e é como o próprio Pedro de Assis e a Febraplan chamam – um sistema multimodal. Eles estão querendo fazer uma discussão que envolva diversos setores, os prestadores hospitalares, os intermediadores que são as empresas de planos e seguros de saúde, os fabricantes. Enfim, eles querem uma discussão em conjunto com toda essa cadeia produtiva do setor. Mas é uma discussão em conjunto sob a perspectiva de quem quer auferir lucro. Então isso, para mim, parece muito mais uma articulação na tendência de uma cartelização, do que na tendência de fazer prevalecer a lógica do interesse público, que é inclusive o que constitucionalmente deveria prevalecer no caso da assistência à saúde.

Eu vejo que há uma pulverização. Há também conflitos, obviamente, entre os agentes do campo empresarial, como agora mesmo essa história da Agemed com a Hapvida, essas disputas. Existem disputas internas, não há um bloco único. Mas há pontos de convergência. Na prática, o que se pretende é que o dinheiro que circula na saúde transite via transações comerciais e que eles possam auferir lucro com isso. Essa é uma questão que eu acho que é comum a todos.

Outra coisa que eu acho que acaba também unindo, criando laços entre diversos agentes econômicos do campo empresarial, é a questão financeira. Porque a gente não pode mais enxergá-las como empresas isoladas. Normalmente elas estão ligadas a grupos econômicos, que são multissetoriais, inclusive fora do setor Saúde, e esses grupos têm estratégias concatenadas. Às vezes uma determinada faceta do grupo pode dar prejuízo, mas para que outra dê lucro. E tem também o lucro que é não operacional, o lucro financeiro, que faz parte também do portfólio desses grupos econômicos cada vez mais. Então, as próprias instituições reguladoras estão ainda com a cabeça antes dos anos 2000, quando essas empresas ainda não estavam na lógica completamente financeirizada. Mas agora a realidade é outra. Você não pode falar de empresa de plano de saúde como se fosse algo isolado de um grupo econômico maior. A Amil, por exemplo, a Intermédica, essas que estão fazendo oferta pública de ação em Bolsa atualmente, a própria Hapvida, são grupos que tendem a se financeirizar e vão auferir lucro não-operacional. Então, a atividade-fim dessas empresas seria intermediação assistencial, mas elas podem ter lucro fora dessa atividade-fim, talvez até superior ao lucro que têm com a intermediação assistencial. Isso precisa ser levado em conta, porque explica, por exemplo, que quando ocorreu uma diminuição na massa de clientes das empresas de planos de saúde, como ocorreu recentemente, elas continuaram lucrativas e até aumentaram as suas margens. É assim porque a base operacional muitas vezes é um instrumento necessário, mas não é o único a gerar lucro para esses grupos. É complexa a situação do ponto de vista econômico, e isso dificulta a ação regulatória do Estado.

Por que esse evento ganhou tanta projeção, na sua visão?

Eu diria que é um fenômeno mais da esfera das ciências sociais, um fenômeno sociológico que a gente está vivendo hoje das fake news: noticias, boatos, hipérboles, exageros que circulam como se fosse a pura expressão da verdade. E isso se reproduz de uma forma incontrolável, você não sabe onde vai parar. As pessoas estão se mobilizando em torno de coisas que, quando efetivamente você “espreme”, não consegue ver porque que isso ganhou essa dimensão. Eu estou realmente impressionado porque até hoje eu vejo repercussão disso nos grupos, fora inclusive da Saúde Coletiva, dos sanitaristas. Hoje mesmo recebi um convite da Defensoria Pública do estado da Bahia para uma audiência pública pra tratar sobre isso.

Sobre esse evento especificamente?

Sobre o fim do SUS, que está sendo proposto nesse evento. Então, [esse fenômeno das fake news] é algo que extrapola qualquer limite do que seria razoável. É um fenômeno da psicologia social. Os sociólogos, os psicólogos poderiam se debruçar sobre isso. Eu lamento porque eu acho que, do ponto de vista acadêmico, nós realmente precisamos nos esforçar mais para reagir de uma forma mais ponderada. Ou melhor, reagir não, agir. Agir e poder entender o que está acontecendo, e não ser movido por esses impulsos histriônicos, que acabam repercutindo no vazio. Fica um denuncismo, fica algo que não tem consequência prática e que, do meu ponto de vista, enfraquece o Movimento Sanitário, porque o desqualifica. Como se pode levar a sério isso? A Febraplan deve estar muito agradecida, porque um evento que não tinha a menor possibilidade de ter alguma repercussão virou um fenômeno de mídia. Fizemos o favor de dar à Febraplan um reconhecimento que ela de fato não merece.

É possível transformar isso em uma agenda de mobilização mais efetiva?

Acho que a gente pode se inspirar nas origens do campo da Saúde Coletiva, que se constitui em cima desse critério de que a prática política, a ação política, é instruída pela atividade acadêmica, pela pesquisa fundamentada, pelo conhecimento. O campo se constituiu na perspectiva de dar elementos para a ação política poder avançar, mas de uma forma consequente. A própria [Cecília] Donnangelo, que é uma mãe fundadora do campo da Saúde Coletiva, foi ao primeiro evento da Abramge, que foi o primeiro congresso que reuniu empresários, anda nos anos 1970. Ela esteve lá, estudou a ideologia empresarial. Não que isso tenha sido o tema central da obra dela, mas ela considerou isso. Então, hoje eu diria que se nós queremos pensar sobre o sistema de saúde, não podemos nos prender a uma visão institucionalista, estrita, como uma mão única assim das ações de governo para o sistema de saúde. Todo sistema tem essas duas dimensões, pública e privada, e há uma mão dupla aí. Os empresários agem politicamente. Qual é a novidade? Eles têm inclusive direito de fazer isso. E aqueles como nós, que defendemos um sistema público, universal, também precisamos e devemos agir politicamente, de uma forma concatenada, organizada, com conhecimento. Para não acontecer essa situação agora que realmente não ajuda. Ajudou aos empresários e não a nós. Acho que a gente precisa transformar um limão em uma limonada, e aproveitar essa repercussão para refletir sobre a maneira como estamos encarando a realidade, sobre em que medida estamos colocando as nossas expectativas ou desejos na frente do que é a realidade empírica. Acho que o nosso primeiro compromisso tem que ser esse. Aí a nossa ação política tem muito mais chance de sucesso:se ela tiver uma base de pesquisa, de reflexão.


Fonte: https://www.brasildefato.com.br

Hemocentro do RN realiza encontro alusivo ao Dia Mundial do Hemofílico

Nesta quinta-feira (19), a partir das 9 horas, o Hemocentro do Rio Grande do Norte reúne pacientes hemofílicos, famílias e funcionários que estão envolvidos no atendimento ao portador da doença para celebrar o dia Mundial da Hemofilia (17 de abril).
O encontro tem por objetivo discutir os serviços que o Hemocentro dispõe para estes pacientes, como atendimento ambulatorial, odontológico, distribuição, armazenamento e transporte do fator de coagulação VIII e IX.
O Hemonorte é o centro de referência no estado para o atendimento de doenças do sangue, como a hemofilia A e B. A unidade dispõe de uma equipe multiprofissional com médicos, enfermeiros, farmacêuticos, assistentes sociais e dentistas para fazer o acompanhamento desses pacientes. Atualmente existem no RN 195 pacientes hemofílicos cadastrados no Programa Nacional de Coagulopatias Hereditárias do Ministério da Saúde, sendo 175 de hemofilia A e 20 de hemofilia B.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Nós Podemos!

Juliana Cardoso, do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) 
Buscar dar melhor qualidade de vida aos pacientes que precisam de doação de medula óssea é o que mobiliza diariamente Juliana Cardoso em seu trabalho no Redome. Bióloga, ela atuou por muitos anos em laboratório e se diz realizada atualmente por poder participar de todo processo, desde o momento em que o paciente é inscrito para a busca de doadores não aparentados até a localização de um doador compatível. Líder da equipe de busca, Juliana cuida de cada etapa de contato para garantir o comprometimento com a causa.
“A gente trabalha acompanhando não apenas o paciente, nos preocupamos igualmente com o doador, para um processo claro e sem risco. Tenho muito orgulho do que faço, possibilitar vida, já que o transplante é a única alternativa viável para estas pessoas, é de extrema importância. Nosso objetivo é seguir fidelizando os doadores ao banco, para termos indivíduos mais conscientes e que possamos salvar cada vez mais vidas”, afirmou.

Queremos ouvir você: 
Assim como Juliana, envie também um depoimento para a área de Comunicação e Marketing contando um pouco da sua trajetória na Fundação do Câncer. A sua história é muito importante pra nós!

Contato: comunicacao@cancer.org.br

Sesap disponibiliza medicamento que previne infecções em prematuros

Nos meses mais frios ou chuvosos, (em especial de fevereiro a julho), grande parte das crianças prematuras até 2 anos de idade é infectada pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). O vírus ataca o sistema respiratório e, apesar de ter tratamento, pode até levar à morte. Para prevenir o problema, a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte (Sesap) disponibiliza gratuitamente na rede pública o Palivizumabe, medicamento que aumenta a proteção dessas crianças contra a infecção pelo VSR.
O Palivizumabe é um medicamento caro, custa em média R$ 5 mil. Ele deve ser disponibilizado pelo SUS, conforme a portaria n. 522 de 2013 e pelos Planos de Saúde. Podem tomar o remédio, bebês que nasceram abaixo de 29 semanas ou que tenham alguma doença grave pulmonar ou cardíaca. Nesses casos, o vírus é bem mais agressivo. Por isso, eles precisam tomar o medicamento, durante um período de tempo.


*O Xerife.

Onze municípios do RN tem câncer como principal causa de morte, aponta estudo

Onze municípios do Rio Grande do Norte tem o câncer como a principal causa de morte. O quadro foi apontado em estudo divulgado nesta segunda-feira (16).
A pesquisa do Observatório de Oncologia do movimento Todos Juntos Contra o Câncer, em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), mostra também que o estado potiguar registrou 89 óbitos motivados pela doença no ano de 2015, sendo a maioria homens.
Segundo o estudo, em 516 dos 5.570 municípios brasileiros o câncer já é a principal causa de morte. Esta é principal conclusão de levantamento inédito feito com base nos números oficiais mais recentes do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM).
Os dados foram apresentados nesta segunda-feira (16), na sede do CFM, durante a terceira edição do Fórum Big Data em Oncologia promovido pelo TJCC, com o apoio do CFM, e que reuniu especialistas no assunto, autoridades e representantes de pacientes.
Os dados mostram que a maior parte das cidades onde o câncer já é a principal causa de morte está localizada em regiões mais desenvolvidas do País, justamente onde a expectativa de vida e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) são maiores. Dos 516 municípios onde os tumores matam mais, 80% ficam no Sul (275) e Sudeste (140). No Nordeste, estão 9% dessas localidades (48); no Centro-Oeste, 34 (7%); e no Norte, 19 (4%).
Ao todo, estes municípios concentram uma população total de 6,6 milhões de habitantes. Onze municípios são considerados de grande porte, sendo Caxias do Sul (RS) o mais populoso deles, com quase meio milhão de habitantes. Outros 27 são de médio porte (com população entre 25 mil e 100 mil) e a grande maioria (478) está situada na faixa de pequenos municípios, com menos de 25 mil habitantes. Araguainha, menor cidade do Mato Grosso, é também a menor cidade da lista identificada pelo TJCC e CFM.
O Rio Grande do Sul é o Estado com o maior número de municípios (140) onde o câncer é a primeira causa de morte. Enquanto em todo o País as mortes por câncer representam 16,6% do total, no território gaúcho esse índice chega a 33,6%. Um dos fatores que pode explicar a alta incidência de câncer na região são as características genéticas da população, que pode apresentar maior predisposição para desenvolver o câncer de pele (melanoma), por exemplo.
Das 27 unidades federativas, 24 contam com pelo menos uma localidade onde o câncer é a principal causa de mortalidade. Alagoas e Amapá foram os únicos estados onde essa situação não aconteceu, além do Distrito Federal, que, por sua característica administrativa, não se divide em municípios. Nos três, a principal causa de óbito está relacionada às doenças do aparelho circulatório.
Embora todos os estados brasileiros tenham pelo menos um hospital público habilitado em oncologia, as regiões Sul e Sudeste concentram 69% (205) deles. Além disso, nestas duas regiões estão 66% (1.354) das salas de quimioterapias e 72% (355) dos aparelhos de radioterapia. Em relação à saúde suplementar ou particular, para as mesmas regiões estão disponíveis 75% (308) dos hospitais que realizam tratamento oncológico.
Veja tabelas aqui.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

ATENÇÃO DOADOR DE SANGUE!

Câncer é primeira causa de morte em 10% dos municípios brasileiros, diz estudo

O câncer figura como principal causa de morte em 516 dos 5.570 municípios brasileiros. É o que aponta pesquisa divulgada hoje (16) pelo Observatório de Oncologia do movimento Todos Juntos Contra o Câncer, em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM). O estudo alerta que a doença avança no Brasil ano após ano e, caso a trajetória seja mantida, em pouco mais de uma década as chamadas neoplasias serão responsáveis pela maioria dos óbitos em todo o país.
Os dados mostram que a maior parte das cidades brasileiras onde o câncer aparece como principal causa de morte está localizada em regiões mais desenvolvidas, justamente onde a expectativa de vida e o Índice de Desenvolvimento Humanos são maiores. Dos 516 municípios onde os tumores mais matam, 80% ficam no Sul (275) e Sudeste (140), enquanto o Nordeste concentra 9% dessas localidades (48); o Centro-Oeste, 7% (34); e o Norte, 4% (19).


*O Xerife.

sábado, 7 de abril de 2018

Liga Mossoroense ganha destaque na revista "Acontece"

Prefeitura de Apodi firma parceria para atendimentos a pacientes portadores com lesões precursoras de câncer

O Prefeito Alan Silveira recebeu na tarde desta quarta-feira (04) o médico oncologista Dr. Tiago Rêgo e Ideusa Gurgel, do GASPEC. Na oportunidade foi firmado uma parceria para atendimentos semanais em Apodi para pacientes portadores com lesões precursoras de câncer, consultas e biópsias de próstata, tireóide, pele e mama. Serão atendidas mulheres a partir dos 50 anos assintomáticas e sem histórico familiar, a partir dos 35 anos assintomáticas e com histórico familiar, sintomáticas (dor ou suspeita de nódulos) independente da idade, homens a partir dos 50 anos assintomáticos e sem histórico familiar, a partir dos 40 anos assintomáticos e com histórico familiar, sintomáticos (dificuldade de urinar) independente da idade.
“Essa parceria entre Prefeitura Municipal de Apodi, dr. Tiago Rêgo e o GASPEC será muito importante para efetivação de serviços que mudam o prognóstico das doenças, com ênfase especial para os casos confirmados e suspeitas de câncer. Esse programa de check-up oncológico será um avanço na saúde”, comentou Alan.


*Josenias Freitas.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Diocese de Mossoró ordena mais um padre

A Diocese de Mossoró ganhará mais um padre. No dia 07, às 18h, na Matriz de São José, o Bispo Diocesano Dom Mariano Manzana ordenará o diácono Alison Felipe de Moura. A solenidade será realizada na localidade onde nasceu o futuro sacerdote. Alison desenvolveu seu estágio pastoral no Seminário Santa Teresinha, onde deve permanecer depois da ordenação. Ainda este ano a Diocese de Mossoró deve ganhar mais dois padres: Júnior Paiva e Marcílio Silva. Rezemos para que mais e mais vocações sacerdotais surjam em nossa Diocese.
 

Transmissão - Rádio Rural de Mossoró.

*De: Valéria Bulcão.

quinta-feira, 5 de abril de 2018

DICA DE UMA BOA ALIMENTAÇÃO

Uma alimentação balanceada vai garantir um bom estado nutricional e quanto mais bem nutrido estiver o paciente, melhor ele reagirá ao tratamento.
A LMECC conta com um ambulatório de nutrição que dará toda assistência ao paciente que é encaminhado pelo médico, pela enfermagem ou assistente social da Liga. São atendidos todos os pacientes que estão sendo submetidos a tratamento quimioterápico, radioterápico, ou que estão retornando a liga para controle, desde que tenham sido encaminhados.

quarta-feira, 4 de abril de 2018

PRF faz doação de toalhas à Liga Norte Riograndense Contra o Câncer

A Polícia Rodoviária Federal entregou, na manhã desta quarta-feira (4), no Hospital Policlínica, da Liga Norte Riograndense Contra o Câncer, 950 toalhas brancas para serem usadas no setor de pediatria da entidade.
A doação foi resultado da campanha “Policiais contra o Câncer Infantil”, que é realizada anualmente pela PRF em todo o Brasil. A campanha aconteceu em novembro do ano passado e, com o valor arrecadado, foi feita a aquisição de toalhas de banho.

Durante a campanha foi arrecadado a quantia de R$ 5.500. O dinheiro foi oriundo de doações da população e de policiais, bem como das inscrições do evento esportivo “Corrida PRF 191”, também realizado no mês de novembro passado.
As toalhas foram entregues ao Dr. Ivo Barreto, coordenador da Policlínica, que agradeceu a iniciativa da PRF. A Policlínica é uma unidade da Liga Contra Câncer que cuida da oncologia pediátrica. 

*Do BG.

domingo, 1 de abril de 2018

GASPEC: DICAS PARA A MULHER!

Quais são as principais causas/ fatores de risco do câncer de colo do útero?
O fator de risco mais importante para o desenvolvimento do câncer de colo do útero é a infecção pelo vírus HPV (papilomavirus humano), que provoca uma lesão no colo do útero e, se não diagnosticada e tratada adequadamente, pode levar ao desenvolvimento do câncer. Por ser transmitido sexualmente, quanto mais cedo o início da atividade sexual da mulher, maior a exposição e risco de infecção. Além do HPV, outros fatores também contribuem para o desenvolvimento da doença, como tabagismo, ter muitos filhos e usar contraceptivos orais por muito tempo.

GASPEC TERMINOU O MARÇO LILÁS

O mês de março ficou conhecido como o mês da "Mulher". Também conhecido como o "Março Lilás", o GASPEC trabalhou o mês de março com a prevenção, pregando as informações necessárias para a saúde da mulher apodiense. Várias comunidades foram levadas palestras e informações fundamentais, com profissionais que conhecem a causa e querem ajudar na saúde da mulher apodiense.
Também houve encaminhamentos e exames de prevenção, o que para muitos deixam de fazer por falta de informações e oportunidades.
Então, o GASPEC continua com o trabalho de conscientização para as mulheres e a sociedade em geral.